O Mesa Brasil, programa do Sesc São Paulo dedicado à segurança alimentar e nutricional, em virtude da crise causada pelo novo coronavirus, vem arrecadando junto a parceiros e distribuindo, além de alimentos, produtos de limpeza e higiene pessoal a entidades assistenciais e famílias necessitadas no estado.

Com o agravamento da situação, e especialmente diante do contexto de vulnerabilidade enfrentado por grande parte das comunidades indígenas no estado, o Sesc tem unido seus esforços a uma grande rede de logística humanitária encabeçada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB). Trata-se da campanha “A Fome não Espera”, articulada pela frente de trabalho da APIB no estado de São Paulo, a FAPI - Frente de Apoio aos Povos Indígenas, com o objetivo de fornecer suporte às aldeias no estado com ações que incluem o combate à insegurança alimentar e nutricional nas comunidades.

“A partir de uma reunião entre lideranças indígenas e indigenistas, simpatizantes da causa, entidades e instituições civis e públicas, houve uma grande mobilização e viabilizamos diversas parcerias. Uma delas é essa com o Programa Mesa Brasil do Sesc, que contribui com parte significativa dos alimentos distribuídos entre as aldeias”, revela a indigenista Marina Marcela Herrero, coordenadora do Programa Povos Indígenas, na Gerência de Programas Socioeducativos do Sesc São Paulo, e também membro da FAPI.

Para viabilizar as entregas, diversas instituições se envolveram em todo o processo.  “Temos um grupo que reúne voluntários do Instituto Akhanda, da Frente de Apoio aos Povos Indígenas (FAPI) em São Paulo e da Aliança Universidade e Povos Indígenas (AUPI), que são responsáveis por, semanalmente, higienizar, embalar e dividir os itens, além de organizá-los nos caminhões locados pelo Greenpeace e embarcá-los com destino às aldeias. A FUNAI-SP está conosco desde o início, fornecendo dados importantes, como a prioridade nas destinações, a geolocalização destas aldeias, situação fundiária, quantidade de integrantes de cada uma delas e outras informações”, explica Marina.

Outras instituições que contribuem com a ação são o Greenpeace, a Swiss Indigenous Network, a Secretaria de Justiça do Estado de São Paulo, a Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) em Peruíbe, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo e a Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (ITESP), que contribuem com força de trabalho, viabilização de cestas de alimentos, componentes de logística para a distribuição dos itens, ações de mediação junto às comunidades, quando necessário, além de dados para a geolocalização de aldeias e organização de editais para aquisição de alimentos produzidos por agricultores familiares.

“Nem todos os alimentos necessários para os kits conseguimos arrecadar entre as doações. Nesses casos, é necessário adquirir os itens faltantes por meio de editais de chamamento público, organizados pelo Instituto de Terras do Estado de São Paulo (ITESP)”, revela Marina. “Esta aquisição é realizada por meio do Estado ou das prefeituras locais, mas sempre vindas de agricultores familiares, quilombolas ou produtores agroflorestais ligados ao MST, pois assim, de alguma forma, ajudamos aqueles que, mesmo tendo produtos para vender, estejam passando necessidade”.

Inspirados pelo Sesc São Paulo, o projeto já está sendo implantado pelo programa Mesa Brasil também nos estados de Santa Catarina, Pernambuco e Piauí, mas já há mobilização para ampliação a outras regiões em breve.

Até o último dia 22 de maio, o Mesa Brasil em São Paulo já contribuiu com mais de 12 toneladas de alimentos destinados a comunidades indígenas, além de 300 litros de água sanitária, 300 litros de detergente, 277 quilos de gel antisséptico e 20 quilos de sacos para lixo.

 

MESA BRASIL SESC SÃO PAULO

Paralelamente, o Mesa Brasil Sesc São Paulo segue suas atividades, buscando onde sobra e entregando onde falta, contribuindo para a diminuição do desperdício e redução da condição de insegurança alimentar de crianças, jovens, adultos e idosos.

Há, ainda, um trabalho em curso para cadastrar novas empresas interessadas em participar do Mesa Brasil Sesc São Paulo, somando esforços às mais de 1.100 empresas já cadastradas, entre supermercados, restaurantes, centrais de abastecimento, sacolões, indústrias, padarias, feiras livres, distribuidores e outros.  

Hoje, dezenove unidades do Sesc no estado – na capital, interior e litoral –operam o Mesa Brasil. As equipes responsáveis pela coleta e entrega diária de alimentos foram especialmente capacitadas para os protocolos de prevenção àa Covid-19, com todas as informações e equipamentos de proteção individuais e coletivos necessários para evitar o contágio.

Saiba+: sescsp.org.br/mesabrasil

 

SOBRE O SESC SÃO PAULO

Com 73 anos de atuação no estado e 40 unidades operacionais, o Sesc São Paulo (Serviço Social do Comércio) desenvolve ações com o objetivo de promover bem-estar e qualidade de vida aos trabalhadores do comércio, serviços, turismo e para toda a sociedade. Mantido pelos empresários do setor, o Sesc é uma entidade privada que atua nas dimensões físico-esportiva, meio ambiente, saúde, odontologia, turismo social, artes, alimentação e segurança alimentar, inclusão, diversidade e cidadania. As iniciativas da instituição partem das perspectivas cultural e educativa voltadas para todas as faixas etárias, com o objetivo de contribuir para experiências mais duradouras e significativas. São atendidas nas unidades do estado de São Paulo cerca de 30 milhões de pessoas por ano. Hoje, aproximadamente 50 organizações nacionais e internacionais do campo das artes, esportes, cultura, saúde, meio ambiente, turismo, serviço social e direitos humanos contam com representantes do Sesc São Paulo em suas instâncias consultivas e deliberativas.

Saiba+: sescsp.org.br/sobreosesc

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