Nataly Martinelli, psicóloga especialista no tratamento de fobias, por meio da plataforma online VHIAR, utiliza a realidade virtual como suporte para o tratamento psicológico e auxilia seus pacientes a lidarem com seus medos com o acróstico C.O.R.A.G.E.M. O Brasil está no ranking de países com mais pessoas fóbicas, e as fobias específicas são os transtornos de ansiedade mais comuns, que afetam cerca de 8% dos adultos anualmente.
A profissional relata que os sintomas podem variar de acordo com a intensidade do medo e as características fóbicas da pessoa. Entre os mais comuns estão: suor, tremedeira, palpitação e falta de ar.
A cinofobia (medo de cães) coloca pessoas em situações de alta vulnerabilidade devido à quantidade de cachorros em ambientes comuns. Isso faz com que o fóbico evite qualquer situação envolvendo cães e, como resultado, suas atividades sociais, familiares ou profissionais acabam sofrendo impactos negativos.
Nataly Martinelli, psicóloga especialista no tratamento de fobias, utiliza a realidade virtual como suporte para o tratamento psicológico. A profissional relata que os sintomas podem variar de acordo com a intensidade do medo e as características fóbicas da pessoa. Entre os mais comuns estão: suor, tremedeira, palpitação e falta de ar.
A fobia animal começa, normalmente, ainda na infância e afeta duas vezes mais mulheres do que homens. As características físicas dos animais (cor, tamanho, pelo), movimento (imprevisibilidade, velocidade) são variáveis que afetam o medo. O contato virtual com os animais tende a reduzir o medo, por conta da experiência online, sem que o paciente tenha contato direto com o seu personagem fóbico.
Uma das pacientes de Nataly conseguiu enfrentar seu medo a partir do tratamento com o uso de realidade virtual. No livro "Fobia: Enfrentando com Coragem", a psicóloga conta que a paciente desenvolveu cinofobia devido a um latido de cachorro:
"Eu sentia muito medo quando via algum cachorro. Já cheguei a atravessar a rua ao ver um, simplesmente por imaginar que ele poderia latir para mim ou me atacar. Eu tinha apenas 1 ano quando o cachorro da minha vizinha latiu muito alto bem próximo ao meu ouvido", contou a paciente no livro.
A psicóloga auxiliou a paciente que administrou seus medos usando técnicas de relaxamento muscular e respiração diafragmática em conjunto com os óculos de realidade virtual. Nas últimas etapas do tratamento, Maria chegou a ficar exposta a três cachorros e, ao conseguir lidar com seu medo, foi capaz de passear com um animal preso à coleira.
"O medo é um mecanismo de defesa do nosso corpo, ele serve para nos manter alertas dos perigos e situações em que devemos ter um pouco mais de atenção, porém, não podemos deixar com que o medo tome conta da sua vida acaba gerando problemas e, em certas situações, até dores físicas que são gatilhos para mais crises de ansiedade", explica a especialista.
Pessoas com fobias específicas não encaram as situações como opções e sim como regra. Mesmo que envolva uma perda ou efeito em seu dia-a-dia, quem tem um fobia específica está disposto a renunciar benefícios para não ter que enfrentar seus medos.
Fonte: ZARU Comunicação