Graças aos avanços da nutrição animal e da medicina veterinária, cães e gatos estão vivendo mais — e, com isso, cresce a atenção aos cuidados na terceira idade dos pets. O relógio biológico, no entanto, não é igual para todos: raças de grande porte já podem ser consideradas idosas a partir dos 5 a 8 anos, enquanto as de pequeno porte entram na fase sênior em torno dos 10. Assim como nos humanos, o envelhecimento pode trazer desafios importantes, como a perda de massa muscular, o declínio cognitivo e as doenças articulares. Nesse cenário, a suplementação tem ganhado papel cada vez mais relevante para manter qualidade de vida.

"Um alimento completo e balanceado já supre as necessidades de cães e gatos saudáveis. Mas, em fases ou condições especiais, a dieta sozinha pode não contemplar todas as demandas", explica a Dra Adriana Dausen Meyer, Head de Pesquisa e Inovação da Organnact. "O ponto-chave é individualizar: definir objetivo, dose e tempo de uso, sempre com acompanhamento profissional e reavaliações periódicas", completa.

Evidências científicas - Para a saúde cerebral, estudos demonstram boa evidência para o uso de ômega-3 de cadeia longa, especialmente DHA e EPA, além dos triglicerídeos de cadeia média (MCTs). Esses nutrientes ajudam a preservar a função cognitiva em cães idosos, colaborando para a redução de sinais como desorientação e alterações de comportamento. "Dietas enriquecidas com MCTs e blends antioxidantes — como vitamina E, vitaminas do complexo B, selênio e arginina — colaboram para a melhora de sinais clínicos e desempenho em testes cognitivos", afirma Dra Adriana.

No caso da massa muscular, a sarcopenia, perda de massa magra associada à idade, é uma condição comum em pets idosos. A especialista ressalta que o pilar fundamental é a ingestão de proteína adequada, associada a exercícios e monitoramento do muscle condition score (MCS), ferramenta validada na medicina veterinária. "A suplementação de aminoácidos pode colaborar na manutenção da massa muscular", destaca.

Já para as articulações, a osteoartrite é um dos problemas mais frequentes e que afeta diretamente a mobilidade dos cães. Entre os suplementos, os ácidos graxos ômega-3 têm evidências consistentes de melhora funcional em cães com a doença. "Glicosamina, condroitina, cúrcuma e yucca também são ingredientes que auxiliam nas condições articulares, trazendo mais conforto e qualidade de vida", completa Dra Adriana.

Apesar dos benefícios, a pesquisadora alerta que a suplementação nunca deve substituir uma dieta completa e balanceada. "Ela tem papel complementar para metas específicas — cognição, suporte articular, convalescença, alta atividade ou correções em dietas caseiras —, sempre com objetivo claro, dose definida e acompanhamento do médico-veterinário. A base é o alimento completo adequado à fase de vida e condição clínica; a suplementação entra quando há uma necessidade adicional bem identificada."

A especialista reforça que, ao notar sinais como perda de massa muscular, cansaço, rigidez ao levantar, mudanças comportamentais ou fezes e pele alteradas, é essencial procurar avaliação profissional. "Nem sempre há sinais visíveis, e a indicação é sempre clínica, feita pelo médico-veterinário", lembra a pesquisadora.

Com pets cada vez mais reconhecidos como membros da família, a busca por prevenção e soluções específicas para a terceira idade só cresce. "Hoje já vemos de forma mais consistente rotinas preventivas fortalecidas, nutrição ajustada à fase de vida, foco em mobilidade e dor crônica, além de maior atenção à cognição. Esse olhar individualizado e cuidadoso é o que garante que nossos pets cheguem à velhice com mais saúde, vitalidade e bem-estar", finaliza dra Adriana Dausen Meyer, Head de Pesquisa e Inovação da Organnact.

Fonte: targetSP

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