Enquanto em muitos países o setor jurídico já se beneficia amplamente de aplicações baseadas em inteligência artificial (IA) para agilizar trâmites jurídicos, no Brasil a adoção dessa tecnologia vem crescendo a passos lentos. No entanto, segundo startups que oferecem novas soluções de IA no mercado jurídico, o ganho de produtividade em algumas tarefas pode alcançar mais de 90%.
Um exemplo é a degravação de áudios e vídeos, uma das tarefas mais dispendiosas da indústria jurídica, do ponto de vista operacional e econômico, que agora pode ser otimizada com a IA. Ainda muito comum em escritórios ao redor do país, o trabalho de degravar manualmente reuniões com clientes e audiências pode consumir dias de trabalho de profissionais.
Já com o uso de IA para degravação, o mesmo trabalho pode ser feito em menos de 15 minutos, como explica Leonardo Lemos, head jurídico da Celeste AI, plataforma de degravação automatizada 100% brasileira que transforma arquivos de voz em texto em seis idiomas. Em termos comparativos, isso representa uma economia de 90% no tempo envolvido na tarefa de transformar gravações em voz em documentos jurídicos, permitindo que os profissionais se dediquem a aspectos mais estratégicos do seu trabalho.
Para escritórios, o uso da degravação automatizada baseada em IA é sinônimo de eficiência, economia e ganho operacional. Na comparação com a degravação manual, a automatizada é em média 16 vezes mais rápida. A precisão em relação à transcrição manual também tende a ser equivalente. Além disso, a degravação por IA torna os dados mais facilmente acessíveis para análise, pesquisa e uso em outros contextos.
"O setor jurídico vem se modernizando ao redor do mundo. Nos Estados Unidos, o uso de degravações de forma pública é parte da cultura jurídica há décadas. Agora, com o uso de IA, estamos falando não apenas de ganhos exponenciais em produtividade para escritórios no Brasil, mas também de mais precisão e transparência no setor jurídico", afirma Lemos.
A demanda por serviços de degravação automatizada tem crescido entre os advogados. Em resposta a isso, a Celeste AI tem investido no desenvolvimento de um vocabulário jurídico robusto e lançou planos especiais para atender às diversas necessidades dos profissionais e escritórios do setor.
Modernização do setor jurídico no Brasil
Nos Estados Unidos, a Suprema Corte iniciou o uso de IA em 2019 como parte de um projeto piloto para melhorar a eficiência e a precisão das transcrições jurídicas. O sistema de IA transcreve o áudio em tempo real e um revisor humano verifica a transcrição para garantir sua exatidão. No Brasil, contudo, a adoção de IA no setor jurídico ainda é incipiente, principalmente devido à resistência a mudanças e à falta de familiaridade com a tecnologia.
Ana Paula Pereira, cofundadora da Celeste AI, acredita que isso deve mudar nos próximos anos. "O uso de IA no setor jurídico tem mostrado que é possível combinar novas tecnologias com o fator humano, garantindo economia de recursos em escritórios. Não se trata de substituir profissionais, mas de usar a tecnologia para mais eficiência no setor jurídico", afirma.
Existem diversos aspectos que devem ser levados em consideração na hora de escolher uma solução de transcrição para arquivos jurídicos, incluindo questões de segurança, privacidade e compliance com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Sobre a Celeste AI
A Celeste AI é uma startup brasileira pioneira no desenvolvimento de inteligência artificial para transcrição e análise de voz. Com foco em inovação e diversidade linguística em inteligência artificial, a Celeste oferece transcrição automatizada em seis idiomas e está revolucionando a forma como empresas e profissionais acessam e interpretam informações de áudio e vídeo. Saiba mais em www.celeste-ai.com.
Fonte: EPR Comunicação