A Arquidiocese de Rio Preto abriu uma investigação oficial para apurar os fenômenos atribuídos a uma imagem de Nossa Senhora de Fátima que, segundo fiéis, verte mel. Conhecida popularmente como Nossa Senhora do Mel, a imagem pertence a uma moradora de Mirassol, e há mais de 30 anos atrai a atenção de devotos e curiosos.
A decisão partiu do arcebispo Dom Antonio Emidio Vilar, que determinou a criação de uma comissão especial formada por teólogo, perito, canonista, notário e delegado. O grupo já está trabalhando no caso, seguindo regras definidas recentemente pelo Vaticano, por meio de um documento que orienta como a Igreja deve lidar com possíveis manifestações sobrenaturais.
A imagem foi comprada em 1991 e, conforme relatos, começou a apresentar os fenômenos em 1993, quando teria vertido lágrimas que se transformavam em sal. Com o tempo, passou a liberar outras substâncias, como azeite, vinho e, principalmente, mel — o que lhe rendeu o nome atual. Desde 2013, a única substância relatada é o mel.
Segundo a paróquia responsável, a imagem chegou a ficar guardada por um período em uma igreja da região, mas hoje é levada para visitar comunidades católicas em diversas partes do Brasil e da América Latina.
Chamou a atenção também um estudo financiado pela própria Igreja Católica, que analisou a composição do mel que sai da imagem e concluiu que ele não é compatível com nenhum tipo de mel produzido por abelhas conhecidas no mundo.
A Arquidiocese afirma que a investigação está sendo feita com responsabilidade, respeito à fé popular e rigor técnico. A Igreja reforça que qualquer manifestação religiosa deve levar à conversão, à prática da caridade e ao fortalecimento da comunhão com Deus.
Enquanto o caso é analisado, a orientação aos fiéis é que acompanhem o processo com serenidade, oração e sem conclusões precipitadas.
Novas informações poderão ser divulgadas conforme o avanço dos trabalhos.
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