A luta contra crimes digitais ganhou mais força no estado de São Paulo, nesta semana, com a criação da Frente Parlamentar de Combate à Violência em Ambiente Digital contra Crianças e Adolescentes. Liderada pelo deputado estadual Rafa Zimbaldi (Cidadania-SP), a iniciativa foi oficializada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), reunindo autoridades do Ministério Público (MP) e do Tribunal de Justiça (TJ), representantes do Governo do Estado e de instituições afins com o tema, além de profissionais especializados na investigação de crimes virtuais.
 
Segundo Rafa, coordenador da mais nova Frente Parlamentar, o colegiado foi criado com a missão de propor ações de prevenção e de colaboração no que tange à investigação e à prisão de quem alicia o público infantil e jovens em plataformas digitais, como Discord e TikTok. Não são poucos os casos, conforme alerta o parlamentar, de estupro virtual ou de crianças e de adolescentes que estão se machucando ou se suicidando ao participarem de dinâmicas criminosas impostas por comunidades na Internet:  
 
"A Tecnologia, que pode salvar vidas, também tem mostrado um caminho de dor e de morte para milhares de famílias. O número de crianças e de jovens que perderam a vida após participarem de desafios on-line é assustador. Além disso, em vários grupos virtuais, há o claro incentivo à automutilação e de se atentar contra a vida de terceiros", lista o deputado do Cidadania.
 
Durante a cerimônia, realizada na noite de terça-feira (10/6), Rafa destacou a urgência de haver no estado de São Paulo uma força-tarefa que resulte em maior rapidez na apuração e na investigação de crimes digitais e, consequentemente, na identificação e na sanção dos autores.
 
 
Dados das entidades que compõem a Frente Parlamentar mostram que, desde 2023, mais de cem criminosos foram presos por aliciar crianças e adolescentes na Internet. Além disso, 15 "panelas" do Discord foram desmobilizadas, no período. Neste ano, mais de 59 suicídios e 15 ataques foram evitados em escolas.
 
O Instituto Aegis, liderado por Luís Guilherme de Sá, e que tem a jornalista Carla Albuquerque como coordenadora dos trabalhos de investigação sobre crimes digitais, é outra entidade que vai atuar na Frente Parlamentar. Ações coordenadas pela Aegis, em parceria com o Núcleo de Observação e Análise Digital (Noad), da Polícia Civil de São Paulo, salvaram mais de 300 vítimas e evitaram 59 suicídios, apenas em 2025.
 
A ideia do colegiado é, tão logo, desenvolver um estudo com as maiores fragilidades no estado de São Paulo para o público em idade escolar quanto à violência on-line e entregá-lo formalmente ao governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), para conhecimento e tomada de providências nas áreas policial, social e educacional.
 
Também parte da Frente Parlamentar de Combate à Violência em Ambiente Digital contra Crianças e Adolescentes, o Instituto DimiCuida tem dados igualmente alarmantes. Pelo menos. 56 crianças e jovens, de 7 a 18 anos, morreram ou tiveram ferimentos graves, entre 2014 e 2025, ao participarem de jogos ou de dinâmicas virtuais. Entre os comportamentos de risco mais comuns, de acordo com Rafa Zimbaldi, estão as práticas de sufocamento, de asfixia, de apneia e de autoagressão.
 
Apoio Maiúsculo
Lançando nesta semana, na Alesp, o colegiado contra crimes na Internet vai contar com o apoio de outras entidades e de especialistas que atuam na causa em nível nacional.
 
Entre os apoiadores estão Lisandrea Zonzini Salvariego Colabuono, delegada-chefe do Núcleo de Observação e Análise Digital (Noad), e a advogada Tanila Savoy, presidente da Associação Nacional das Vítimas de Internet (Anvint).
 
Também compõem o grupo a advogada Carolina Defilippi, o jurista Luciano Santoro, o psiquiatra Felipe Becker, o psiquiatra forense Hewdy Ribeiro, a jornalista Carla Georgina, a educadora midiática Samantha Plonczynski, e Jaqueline Capel, especialista em Marketing Digital com Foco em Saúde Mental.
 
Concluem a Frente a psicopedagoga comportamental Thais Cristina Capodeferro Perini e a chefe do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegada Ivalda Oliveira Aleixo.

Fonte: Fiamini - Soluções Integradas em Comunicação - a serviço do Gabinete do Deputado Estadual Rafa Zimbaldi (Cidadania-SP)

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