A Associação Comercial e Empresarial de Catanduva - ACE - está ameaçando processar a prefeita Marta Maria do Espírito Santo Lopes por prevaricação, danos morais e materiais caso a chefe do Executivo não tome providências imediatas para iniciar uma flexibilização do município de Catanduva dentro do Plano São Paulo. Atualmente, Catanduva figura como integrante da zona laranja, com restrições às atividades de bares, restaurantes, salões de beleza e academias de ginástica, entre outros. Para a ACE, Catanduva já se enquadra na fase amarela e se os atuais números continuarem os mesmos até o dia 27 de agosto, que ocorra um novo decreto encaminhando o município para a fase verde.
Ofício assinado pelo presidente Marcos Roberto Escobar foi procotolado nesta sexta-feira na prefeitura. Ele alega que houve uma nova recalibragem do Plano São Paulo, apontando que os critérios para a reclassificação são Capacidade do Sistema de Saúde e Evolução da Pandemia. Segundo a ACE, boletins da prefeitura apontam que de 01 a 23 de julho, a taxa de ocupação em Catanduva foi de 21,15%, ressaltando-se que estes números não levam em consideração os leitos ocupados por pessoas de outros municípios.
Assim, para a ACE, a prefeita deve se basear apenas nos leitos ocupados por catanduvenses. A entidade ainda alega que os pacientes de outras cidades são de responsabilidade do Estado e não do município, pedindo ainda a abertura de um hospital de campanha. A ACE chega a comparar a flexibilização do município de São Paulo, apontando que na região metropolitana não ocorreu aumento de casos, com um número infinitamente maior de pessoas. A Associação quer ter acesso ao parecer técnico científico do Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus Municipal, levando-se em consideração exclusivamente a cidade de Catanduva.
A ACE pede documentos, no prazo de 48 horas, para verificação de providências exigidas pela entidade e que deveriam ser atendidas pela prefeitura.
O governo ainda não se manifestou.
Fonte: Arthur Godoy / Passando a Limpo