Morar em São Paulo ou em uma grande metrópole, sabemos, significa viver em um ritmo de vida intenso, corrido e, muitas vezes, estressante. A pandemia, como um catalisador de mudanças despertou em muitos o desejo por um estilo de vida mais harmonioso e conectado à natureza, sem renunciar às comodidades. Mas será que estamos diante de uma dicotomia irreconciliável?

Regiões do interior de diferentes estados brasileiros se tornam palco de um novo êxodo urbano. A procura por casas espaçosas, cercadas por áreas verdes e com a promessa de um ritmo de vida mais tranquilo, reflete a necessidade de reconexão com o bem-estar. A pesquisa Zap+ revela que 59% dos moradores da cidade de São Paulo considerariam se mudar para o interior.

Outra informação a ser considerada nessa análise está no estudo feito pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que registrou crescimento de 27,1% nas vendas de imóveis residenciais no Brasil e aumento de 3,7% em lançamentos de novos empreendimentos em 2022. Considerando apenas o interior do estado de São Paulo, as vendas apresentaram alta superior a 80%.

Segundo a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados Estatísticos, mais conhecida como Fundação Seade, a Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) teve saldo migratório positivo entre 2010 e 2022 de 5,79 pessoas por mil habitantes. O município que mais recebeu moradores no período foi Iperó, com 14,98 por mil habitantes.

Esse cenário tem gerado debates sobre a forma como pensamos e executamos o planejamento urbano, especialmente nos grandes centros. O movimento de migração para o interior de São Paulo, intensificado durante a pandemia, especialmente no período de lockdown, evidenciou a necessidade de repensar as cidades.

O trabalho remoto e o modelo híbrido, que vieram para ficar, demandam espaços residenciais mais amplos e versáteis, onde o escritório se integra ao lar sem comprometer a dinâmica familiar. Nesse contexto, a valorização do verde, antes um diferencial, torna-se um requisito fundamental, impactando diretamente a saúde física e mental dos moradores.

A procura por residenciais horizontais, com casas mais espaçosas e cercadas por espaços verdes, ainda que em locais próximos das capitais, reflete o desejo dos habitantes das principais cidades de terem qualidade de vida.

Morar próximo à natureza, desfrutando de parques, jardins e áreas verdes, reduz os níveis de estresse, melhora a saúde mental e física e promove um estilo de vida mais ativo, combatendo o sedentarismo e incentivando a prática de exercícios físicos.

Mas como conciliar o desenvolvimento urbano com a preservação ambiental e a qualidade de vida? A resposta reside na urbanização consciente. Projetos como o que está sendo desenvolvido pela urbanizadora Alphaville, em Campinas, com mais de meio milhão de metros quadrados de áreas verdes, demonstram que é possível aliar o crescimento econômico à oferta de serviços de qualidade e à criação de espaços que promovam o bem-estar.

O projeto em Campinas, além de promover bem-estar e conexão da natureza, aplicará mecanismos de sustentabilidade em suas áreas empresariais, comerciais e de conveniência, próximo das residências. O objetivo é fazer do núcleo um espaço com facilidades do dia a dia próximas das casas, com menor sobrecarga no trânsito da cidade e que o local permita moradia, estudo, trabalho e lazer em um só lugar.

A busca por essa conexão com a natureza, por uma melhor qualidade de vida, por espaços amplos e seguros é um reflexo das mudanças nas expectativas e necessidades de muitos moradores das grandes cidades.

O desafio está lançado. Cabe a nós, profissionais do setor, encontrar soluções inovadoras que atendam às demandas da sociedade moderna sem comprometer o meio ambiente e o bem-estar das futuras gerações. A busca por esse equilíbrio é o alicerce para construirmos um futuro mais verde, humano e próspero.

Patricia Dias Hulle

diretora de Negócios do Grupo Alphaville

Fonte: Ideal

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